Não me chamem poeta
Pois o que há mim são abismos
Que em silêncio me condenam
A uma prisão de vocábulos.
Sem que resgate a minha alma
Sou peregrina sem destino
Qual palhaço que ri e chora
Com a alegria de um menino
Não me chamem poeta
Pois o que há em mim são caravelas
Que sem mar vão navegando
Num oceano cravado de rochas
Sem que atinja um palmo de céu
Sou fragmento do que sinto
Qual criança que nasceu
entre as cordas de um violino
Vóny Ferreira_________________
___________M.Ivone B.S.Ferreira
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