Por ti ou sem
ti já o nada me não cansa
Nem o ódio é
amor nem a mágoa se amplifica
Apenas quisera oh…
serpente traiçoeira
Arrancar da
pele o veneno cravado nos meus poros
Que foste
tatuando habilmente com a magia da palavra.
Porque me cativaste
com esse olhar fulminante?
Porque
trespassaste a saudade com lágrimas de crocodilo?
Qual foi o
momento em que me escolheste para cobaia
Foi quando te
apercebeste que te amava loucamente?
Porque não me
deixaste à deriva naquele velho cais
Se era eu o asilo
das gaivotas sem recordações?
Porque me deste
a mão e me ensinaste a sonhar
Se no fundo
sabias que irias abandonar?
Por ti ou sem
ti já o nada me não desgraça
Rastejes ou não
nas vedações minadas do meu peito
Agora que está
ferida mortalmente a poesia de amor
Que nascia como
um rio em direção ao teu leito
Querendo
fertilizar um sentimento infecundo
Vóny Ferreira
Dezembro 2013
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