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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

NUNCA É TARDE ENQUANTO HOUVER UM AMANHÃ (Vóny Ferreira)


Depois de ter escorregado num medo quase infantil apetece-me permanecer deitada no chão a olhar o céu, a sentir de perto o cheiro a terra molhada, depois do temporal. A inalar com sofreguidão o cheiro dos pinheiros que paira no ar sempre que o vento se predispõe a manifestar-se através do seu bramido monocórdico.
Sim… é nestes momentos, em que sou confrontados com as dificuldades mais gritantes da vida, que me ponho a gritar através das palavras que nunca me deixam mentir o quanto me sinto grata por me ser dada a oportunidade de usufruir da vida com os seus contrastes gritantes.
Essa dádiva é mais a extraordinária de todos e leva-me a ajoelhar-me perante ti, Meu Deus, e agradecer-Te todo o teu amor e compaixão. 
Que eu não esqueça mais que tudo é uma aprendizagem mesmo quando nos sentimos injustiçados. 
Reencontrar-me-ei, sei agora… perante as densas nuvens que por vezes se abatem num colorido terrível. Terei que aprender a ter paciência apenas para aprender a esperar o sol… mesmo quando me sinto no limite das minhas forças psicológicas.
Que eu aprenda a valorizar sempre cada pequena coisa. O sol, a chuva, o riso, a lágrima. Os afetos e os desafetos. Afinal a realidade de uma vida que não se compadece com lirismos exacerbados e que apenas abrem portas para um túnel onde o sol se recusa a entrar.


 Vóny Ferreira 

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