…Quantas vezes…propício que as minhas palavras saiam descontroladas do túnel escuro onde te exilei, na tentativa de te esquecer definitivamente. Moldando-as instintivamente até se curvarem perante as lágrimas que silenciosamente lacram a dor que sinto dos pensamentos mais espinhosos, que ligam as nossas vidas adiadas…
É que a maldita da saudade é um abutre que me ataca a todo o momento, sabes?
…Quantas vezes as palavras saem enfermas, cravadas por uma coroa de espinhos (igual a de Jesus). Sangram em plena solidão nas bermas do silêncio. Amordaçadas. Sem um único queixume ou esgar de dor. Desejosas, apenas, em magoar-te. Como se fossem uma espada afiada destinada a ferirem-te mortalmente.
Oh… as minhas loucas palavras, já te mataram tantas vezes, tantas!
Que absurdo…!
E logo eu que proporia trocar a minha vida pela tua se dela necessitasses.
…Mesmo não acreditando ( já) no amor eterno” carrego na alma o estigma que cilindrou as nossas vidas para um sempre que não coube no espaço…
…Por isso… te mato tantas vezes, meu amor.
Sem ti... perco a alma!!
Vóny Ferreira
Nota: dedicado, porque o amor (ainda não se desprograma)
quando queremos... infelizmente! VF
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