0 sonho, Cibele, é uma taça, uma flor ignota, um desejo intenso/
que persiste, mesmo se a dor ao colhê-lo o ignore. Cativo, neste lugar,/
perco a exacta noção do ser e do não ser, do tudo ou do nada,/
( se é que o todo pode estar circunscrito à palavra…)/
Procurarás as estrelas, que iluminarão o caminho. Se solitário, a luz é mais intensa./
Despojada de tudo, encontrarás o segredo das palavras:/
ternura, amor, ou apenas sede e um sereno gesto a partilhar/
na colheita de uma rosa brava.
DESEJO
Apetitoso o fruto que desejo,
Inominado, fresco, sedutor:
Provera fosse o tempo das cerejas,
Soubera ser o tempo do calor.
Das giestas não falo porque sei
O perfume agreste que despertam.
ARFEMO
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