Deixo aos teus pés os meus passos errantes
o desassossego de não encurtar a lonjura
os rios de palavras a correr em desatino
fazendo dos meus versos, a minha clausura!
Deixo as vogais a boiar nos meus olhos
nas virgens lágrimas, que tento secar
as mais dóceis consoantes, afagar os sonhos
em lampejo de cegueira que te quer alcançar.
Deixo o ocaso inverter o despenhadeiro
explodir no teu sorriso estrelas dispersas
mesmo que no meu peito se inflame o inferno
nele desabrocham flores, no meio de pedras.
(VÓNY FERREIRA)
2 comentários:
Vóny,
Que lindeza de poema! Não o conhecia ainda.
Bela a formatação da Vanda, como sempre. Um união perfeita de letras e imagens, com o élan de uma música à altura.
A-D-O-R-E-I!
Um beijo grande,
Lila.
oi Vóny ,tdo bem?enviei um email para você,recebeu?aguard o resposta,beijos
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