A CEGUEIRA DAS POMBAS
(Vóny Ferreira)
(Vóny Ferreira)
Como te posso ver se já não tenho olhos?
Se os lábios são colinas gretadas e longínquas?
Se as minhas mãos foram pára-raios muitas vezes
Nas tempestades da vida em que fui o rio errante
A galgar margens e estradas com pressa de ternura?
Se os lábios são colinas gretadas e longínquas?
Se as minhas mãos foram pára-raios muitas vezes
Nas tempestades da vida em que fui o rio errante
A galgar margens e estradas com pressa de ternura?
Amálgamas de conchas morreram nas minhas mãos
Em cada verso que escrevo na escuridão da noite…
Em cada verso que escrevo na escuridão da noite…
Sem mar nem céu para lhes atenuar o desnorte
Sem lua ou estrelas para que boiem nas ondas
Dos cabelos das palavras que depenam a minha sorte!
Sem lua ou estrelas para que boiem nas ondas
Dos cabelos das palavras que depenam a minha sorte!
______VÓNY FERREIRA_____
2012…….M.Ivone B.S.Ferreira
2012…….M.Ivone B.S.Ferreira
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