NO ARREPIO DA SAUDADE
(Vòny Ferreira)
Passou agora por mim…
Como se fosse um fantasma
Ou um vendaval recortado
Que machuca e não se vê.
Pisou-me como quem mata
Esse infame tresloucado
Que destrói sempre que quer
Que não mostra nunca o rosto
Que fere como quem beija
Será homem ou uma mulher?
Passou agora por mim…
Como se fosse um mau presságio
A espezinhar os mais nobres
sonhos
Com galopes de um cavalo de pau
Diabólico, besta, mau
Ou quem sabe?
Como se desconhecesse
Que viverá agora ébrio para
sempre.
Será homem ou uma mulher?
Quem lamentavelmente desconhece
Que a norte do meu coração
Já não há desnorte que o
atulhe?
Nem sul que autentifique o seu
mapa
Sem este nem oeste
Sem bussola que o identifique.
Vóny Ferreira
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