Do cântico do pássaro resta a aragem
A queda precipitada sobre a janela
O instinto de fixar os olhos na manhã
Esborratados com a triste história
(o vento ofegante entre a folhagem)
Um relógio de ponteiros titubeantes
A embalar a insónia do meu corpo
Que chora no leito da tua memória
o tempo que nem tu esqueceste
(o uivo alucinante que vem de um morro)
Do desesperado suspiro resta a fadiga
A bala perdida nos excrementos da memória
O rio de sangue que inunda meu coração
O teu silêncio cravado de espinhos
(a teimosia de ao amor, dizer sempre não…)
Vóny Ferreira
VÓNY Ferreira
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