Triste nau
Que resiste
À direção
Dos ventos.
Triste nau
Que insiste
Em tentar
O mesmo
Direcionamento.
Triste nau
Desatracada,
Agarrada ao leme
Remando
Contra a maré.
Nau desesperada!
Sabe que a direção
Já está traçada
No coração.
Nau (des) governada
Pela luz do pensar
Pseudo-governo
Sem força, vibrar,
No descaminho
Doente da razão
Dor-mente.
Vai, Nau!
Solta teu passado
Pesado
Medido
Pensado!
Vai-te, leve,
Correnteza afora!
A beleza é agora...
Vai, Nau!
Solta estes lemes!
O que temes?
Mete-te no meio
Do vendaval!
Desvenda teus olhos
Cansados
Olha a dança dos ventos
A buscar-te
Enamorada!
Vai, Nau!
É chagada a hora
De navegar!
Sentes-te sem direção?
O mar está a comandar
Ao soprar natural do vento
Propulsor do movimento.
Nau,
É vez de soltar as rédeas do temor
Deixar explodir em ti
O amor
De quebrar
De vez a implosão
Que te vai pressionando
O coração...
Vai, Nau!
Vive, finalmente,
A beleza
Deixa de ser tua presa,
Solta as resistências
Da certeza!
Deixa-te ao encaminhar
Sábio do vento a soprar!
Não temas a correnteza,
Vai-te ao sabor das forças
De tua genuína natureza!
Nasceu Triste Nau, foi toda escrita,
Na hora de tornar-se Vai, Nau,
Sumiram as duas...
Renasceu:
LIBERTA-TE, NAU!
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