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sábado, 10 de agosto de 2013

TROPEÇANDO NA SAUDADE // Vóny Ferreira/





Caço borboletas
com o olhar
enquanto vou nadando
no rio, exaustivamente
tentando em desespero
que as saudades se lavem.

És tu, meu amor,
quem ouço falar?
Ou ousas estreitar
esta gritante alucinação
que te traz até mim
Borboletando incessantemente?
Peço-te que digas ao silêncio
que hoje me ouça
refém que estou da memória
e das saudades infindas
que me açoitam.

Caço grilos
com o pensamento
enquanto vou flutuando
no rio, desesperadamente
acreditando com loucura
que regressas do passado.
Vóny Ferreira



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