ESTILHAÇOS
Se o silêncio é como de vidro
O grito que aprisiono, talvez seja
O rio onde hoje me deito e permaneço.
Flutuante
O grito que aprisiono, talvez seja
O rio onde hoje me deito e permaneço.
Flutuante
Corrente.
E assim me sinto nesse atabalhoamento
Como se dormisse entre nenúfares
e escorregadios travesseiros de peixes.
Não sei porque me demoro
Insistentemente
Como se dormisse entre nenúfares
e escorregadios travesseiros de peixes.
Não sei porque me demoro
Insistentemente
Veementemente
Nessa inquietude que me apedreja
Nessa inquietude que me apedreja
Que me malta e salva.
Sei unicamente
que por mais que o desânimo me afunde
nesse rio de íngremes encostas
de precipícios inesperados
me reergo no coaxar das rãs
nas nascentes borbulhantes da mente.
Como se um olhar profundo
Iluminasse os meus, num afago
Me reerguesse das cinzas, onde vivo.
Sei unicamente
que por mais que o desânimo me afunde
nesse rio de íngremes encostas
de precipícios inesperados
me reergo no coaxar das rãs
nas nascentes borbulhantes da mente.
Como se um olhar profundo
Iluminasse os meus, num afago
Me reerguesse das cinzas, onde vivo.
(VÓNY FERREIRA)
2 comentários:
Lindo,lindo, um poema marvilhoso , que amei ler.
Um poema maravilhoso, beijinhos
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