Hoje não consigo escrever,
amontoo as letras em caixas de desilusão,
nas folhas dos meus pulmões sufocando,
rabisco luas chorando estrelas
e caço borboletas negras com a rede dos meus olhos.
Pintei tantos devaneios,
toquei melodias insanemente audazes,
joguei imposições na alma atordoada
e perdi a imaginação nas veredas da loucura.
Atrasei a fantasia no calendário do sonho,
permiti a apatia devoluta
e adivinhei a correnteza do nada semeado na minha varanda.
Hoje não consigo escrever,
jogo a memória promontório abaixo,
assassina confessa da esperança,
homicida involuntária da ilusão.
Hoje não consigo escrever,
calada,
vasculho,
dedos em sangue,
a vida que não sei.
(GORETI DIAS)
amontoo as letras em caixas de desilusão,
nas folhas dos meus pulmões sufocando,
rabisco luas chorando estrelas
e caço borboletas negras com a rede dos meus olhos.
Pintei tantos devaneios,
toquei melodias insanemente audazes,
joguei imposições na alma atordoada
e perdi a imaginação nas veredas da loucura.
Atrasei a fantasia no calendário do sonho,
permiti a apatia devoluta
e adivinhei a correnteza do nada semeado na minha varanda.
Hoje não consigo escrever,
jogo a memória promontório abaixo,
assassina confessa da esperança,
homicida involuntária da ilusão.
Hoje não consigo escrever,
calada,
vasculho,
dedos em sangue,
a vida que não sei.
(GORETI DIAS)
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