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sábado, 29 de março de 2014

(E)TERNO (Vóny Ferreira)

(E)TERNO
(Vóny Ferreira)

A lonjura como demora
Pôs-se a cerzir os pensamentos
Com frágeis linhas de algodão 

Sem absorverem a espera
Que faz dilatar nos meus olhos
A lágrima que não caiu.

Em que fontes aliviarás a tua sede
Se meu corpo febril e ansioso
Precisa beber-te em jatos de água
Como se não pudesse mais esperar?

Ah, meu amor…
E eu que te procuro louca
Por cima dos telhados
Como uma gata com cio

O que faço? Por favor, diz.

Se não te vejo, não te encontro
Será que te transformaste em vento?~
E eu num mar sem rio?
VF
(2014)


1 comentário:

Maria Oliveira disse...

Bom ler-te de novo. Bem hajas.