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quarta-feira, 15 de maio de 2013

ETERNAMENTE... (Vóny Ferreira)



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Algo permanece
inalterável no canto da boca
apesar dos cadeados
que agora prendem
as palavras.

Não sei, se é o sorriso feliz
dessa inviolável avenida
onde o beijo se prolongava
à espera de morrer em ti
não sei, se foi unicamente
o odor dos jardins floridos
Onde o sol benzia a chuva

Ou se foram os frisos dilatados
das janelas sempre fechadas
por onde se escapava, voraz,
a inquietude do pensamento.

Tudo recomeça
indefinidamente…
pois não há memória
que esqueça
a divindade
de um amor inesperado!

Por mais que o tempo
o silencie
o cinja
A um laço apertado
que o mortifica.


Vóny Ferreira
Desconheço a autoria da imagem vf
 


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