Não tentes adivinhar o que me vai na alma, desiste…
porque seria mais fácil voares como uma águia livre e altiva, ou cavalgar
assimetricamente com pernas de pau!
Tal como o meu espírito irrequieto e imprevisível, vão nascendo os dias, em cada
dia, repetidamente, sem que questionemos a razão de tal fenómeno.
Eu sou a mistura explosiva que há entre o fogo e o
vento, para logo depois me transformar em água num apaziguamento quase
desconcertante.
Eu sou o que sou, sem saber ao certo as razões porque
choro de emoção como a mesma facilidade com que lanço uma gargalhada efusiva
como se fosse uma criança eufórica. Em mim o meio-termo é o inicio do fim e o
fim o começo de uma nova etapa, entendes?
Por isso., peço-te, não tentes classificar-me como
sou e quem sou, não… pois cometerás um erro hediondo e crasso.
Muitas vezes ente o riso efusivo e irónico,
persiste como uma lapa agarrada à rocha, teimosamente, a minha tristeza
cronica, feita de abismos e desertos. Mas é com a mesma determinação, igualmente,
que os tento afugentar da minha vida, qual vento visível, apenas, aos olhos de
quem nada vendo tudo sente e presente.
Aceita-me como sou ou então odeia-me para sempre.
Não quero restos porque odeio o indefinido!
Peço-te, como quem reza sem devoção:
Não tentes definir-me…!
Eu sou muito mais do que alguma vez saberei
descrever e ainda mais do que tu alcanças.
Vóny Ferreira ******2014
M.Ivone B.S.Ferreira
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